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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Mostra-me tua glória Senhor!

"Moisés disse: ‘Mostrai-me vossa glória’. E Deus respondeu: ‘Vou fazer passar diante de ti todo o meu esplendor, e pronunciarei diante de ti o nome de Javé. Dou a minha graça a quem quero, e uso de misericórdia com quem me apraz’”. 


Moisés  queria ver a glória de Deus e é atendido. Enquanto Moisés permanece na brecha da rocha Deus passa e diz: “sou o Deus de piedade e compaixão...”. Contemplar a glória de Deus é a expectativa de todo o povo de Israel que espera ansiosamente que Deus se manifeste na história os libertando de toda opressão, marginalização e injustiça social. Para Simeão esse  sonho se realiza quando ele toma o filho de Maria, Jesus de Nazaré nos braços: “Agora soberano senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra: porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste em face de todos os povos, luz para iluminar as nações, e glória de teu povo Israel” (Lc 2,29-32). 

O Espírito Santo faz a escolha dos “pobres de Javé”, os anawin. Sobre eles Deus quer manifestar a sua glória! Esses reconhecem que dependem do Senhor, que devem confiar sua vida a Ele. Zacarias e Isabel, Maria, Simeão, Ana e João Batista façam parte desse povo, que vão até Deus de mãos vazias e voltam de lá enriquecidos pelos dons que recebem do próprio Deus. 

O Espírito Santo se manifesta na vida desses “pobres de Javé”, porque eles não guardam no coração nada que os separe de Deus, sua maior riqueza é a próprio Deus. Essa é uma condição para contemplar a glória de Deus. 

Hoje em dia quando falamos de glória associamos a status, prestígio, fama. Muitas vezes tenho tanta consideração por mim mesmo que quero fazer uma estátua para a glória do meu nome. Dessa forma, ajunto tesouros que a ladrão rouba ou que o tempo estraga (Cf. Mt 6,19s) ou o que ainda é pior, ficamos cheios das riquezas que nosso orgulho quis guardar. Dessa forma, teremos dificuldades de caminhar até Deus. 

A mãe de todos os anawin, a cheia de graça, é nosso maior exemplo. Como resposta ao anjo, Maria responde, “eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa Palavra”. Como parte dos “pobres de Javé” Maria canta no Magnificat "saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos”. 

O Senhor não se revela por meio dos mecanismos de poder, isso pode ser comprovado através da encarnação do Filho que se deu na condição de pobreza crescendo na simplicidade da vila de Nazaré, “Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, se fez pobre por vós para vós enriquecer com a sua pobreza” (2 Cor 8,9).

           



Um comentário:

Maryluce disse...

Vejo a glória de Deus em cada vitória da minha vida e em cada situação. Só me resta agradecer muito, dando-lhe glooooria!