“Ficai
atentos porque não sabeis quando chegará o momento”. Como não sabemos quando
chegará o momento, devemos nos preparar. Nossa preparação é para a chegada
desse momento, que pode ser de glória ou fracasso, alegria ou tristeza, festa ou
desolação.
Que
momento é esse que Jesus fala no Evangelho? O momento do juízo. O juízo de Deus
vai se estabelecer, por isso seremos julgados. Vamos ser julgados no amor e
pelo amor. Mas, devemos compreender o “momento”. O momento é o fim. Se é o fim,
ele primeiro vai se dá através da nossa morte. A cada
novo dia se anuncia esse mistério. Ele envia o seu aviso e isso causa alegria a
uns e tristeza a outros. A morte é o fim do começo. Eis um paradoxo difícil de
ser aceito: a vida atinge sua plenitude na morte. Ela se desenvolve no tempo e
espaço e nossa história leva sua marca indelével. Teologicamente, cada dia traz
consigo a vida e a morte de mãos dadas. Nós, criaturas débeis, queremos
separa-las, mas elas insistem em andar juntas. Deus é Senhor da vida e da
morte, o começo e o fim. Nós somos finitude, brevidade, sopro. Cristo, o Filho
bendito do Pai venceu a morte, abriu para nós o caminho da eternidade. Com eles
cantamos, "o morte, onde está tua vitória?" e proclamamos nossa
suprema alegria.
Esse momento é também anuncio de outro fim, onde o Reino de Deus
será estabelecido definitivamente. No aqui e agora vamos fazendo com que o
Reino aconteça, mas o que vivemos é apenas um vislumbre. Cantamos o Maranathá, “vem
Senhor Jesus”, para então vermos “face a face, tal como ele é”.
Até lá devemos nos preparar através de uma atenta vigilância.
Devemos estar atentos ao que acontece, os sinais do tempos. Precisamos nos
preparar porque o que se enfrenta é uma luta constante. Podemos ganhar ou
perder. Por isso, devemos estar atentos para não sermos surpreendidos.
Alguns acham que esse tempo nunca vai chegar, por isso se
descuidam, se entregam desmedidamente aos prazeres. Outros chegam a achar que
não há nada para esperar por isso agem como se tivessem que aproveitar ao
máximo o que esse mundo pode oferecer. Dessa forma acabam se tornando frívolos,
indolentes, perversos. Cabe a nós gritar de cima dos telhados que esse dia vai
chegar. O Dono da Casa que deixou sua casa sob os nossos cuidados vai chegar. E
quando ele chegar, ele vai querer saber se cuidamos da sua casa.
Devemos viver cada dia como se a qualquer momento o dono da casa
pudesse chegar. Nossa espera, portanto, deve ser cuidadosa. Foi a nós que o
Dono Da Casa confiou sua casa. A nós ele confiou os seus bens. Como estamos
cuidando do que nos foi confiado?
Olhe para você. Tens cuidado de você? Você é uma casa, comprada
por um alto preço! Tens cuidado de você? Tens zelado pelo teu corpo e pela tua
alma? Tens limpado, adornado a tua vida? Tens cuidado dos que vivem com você? Tens se importado com os que cruzam o teu caminho? Não se enganem, no fim,
seremos julgados pelo cuidado que tivemos.
Um comentário:
Minha"casa" aínda tem um pouco de poeira mas, me comprometo a deixá-la limpa, para que eu possa ceiar com Ele, na terra e no Céu
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