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quinta-feira, 28 de abril de 2022

O Espírito Santo nos faz viver um novo Êxodo

 Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Oração inicial:

Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai
e enchei os corações com vossos dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor de Deus excelso dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.

Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.

A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz,
se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer
que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer.

Amém!

Reflexão do dia:

“O Espírito do Senhor desceu sobre Otoniel (...) O Espírito do Senhor apoderou-se de Gedeão (...) O Espírito do Senhor desceu sobre Jefté” (Jz 3,10; 6,34; 11,29).

    Podemos dizer que os personagens têm algo em comum: o Espírito do Senhor desceu sobre eles. Essa força atuou para que uma realidade fosse transformada. O povo sofria, e esses “escolhidos” aparecem como salvadores, sendo capacitados para essa tarefa. 

    No tempo dos Juízes, existia um acontecimento que não podia ser esquecido. Deus, com seu braço forte e poderoso, os libertou da opressão, conduzindo-os à liberdade. Esse acontecimento se tornou tão importante que passou a ser celebrado a cada ano. É o Pessach, a festa da liberdade. 

    Esses personagens foram chamados por Deus para garantir que o povo permanecesse no caminho da verdadeira liberdade, longe de toda força opressora que insistia em dominar. 

O Espírito Santo quer descer sobre todos nós para podermos viver a verdadeira liberdade dos filhos de Deus. Só que às vezes, nos esquecemos desse chamado e acabamos nos desviando do caminho que foi aberto nesse novo êxodo da história. Por isso, o Espírito Santo levanta novos juízes, figuras carismáticas, que assim, como Otoniel, Gedeão e Jefté são revestidos de uma força profética. 

A Carta aos Hebreus menciona uma “nuvem de testemunhas” que foram importantes para manter o povo na direção do autor e consumador da nossa fé (Cf. Hb 12). Já a liturgia nos propõe uma reverência aos santos apóstolos e mártires: Pedro e Paulo, André, (Tiago e João, Tomé, Tiago e Filipe, Bartolomeu e Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Sisto, Cornélio e Cipriano, Lourenço e Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião (oração eucarísrtica I). 

    Podemos aumentar ainda mais essa lista com os apóstolos, santos, profetas e mártires de ontem e de hoje! Se queremos ser cheios do Espírito Santo, olhemos a forma como esses homens e mulheres viveram. O Papa Francisco nos diz que todos aqueles que fazem parte dessa grande “nuvem de testemunhas” nos “incitam a não deter-nos no caminho, (...) a continuar a correr para a meta”. E ele ainda abre o horizonte quando diz que “entre tais testemunhas, podem estar a nossa própria mãe, uma avó ou outras pessoas próximas de nós (cf. 2 Tm 1, 5). A sua vida talvez não tenha sido sempre perfeita, mas, mesmo no meio de imperfeições e quedas, continuaram a caminhar e agradaram ao Senhor” (Gaudete et Exsultate).

    Não devemos fazer nossa caminhada sozinhos. Por isso, olhamos para trás e aprendemos com o testemunho dos que nos precederam. Eles nos ajudam a fazer uma trilha segura na direção da plenitude do Espírito Santo. Olhamos para os lados e fortalecemos nossa pisada junto com aqueles que vivem o hoje da fé. 

Como Deus derrama o Espírito Santo sobre todo povo, podemos vislumbrar sinais de santidade mais perto do que imaginamos, como nos recorda novamente o Papa Francisco: “Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir. Nesta constância de continuar a caminhar dia após dia, vejo a santidade da Igreja militante. Esta é muitas vezes a santidade ‘ao pé da porta’, daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus, ou – por outras palavras – da ‘classe média da santidade’” (Gaudete et Exsultate). 

Chegamos aqui com a certeza de que nessa caminhada a maior obra do Espírito Santo é nos tornar SANTOS. Reze esse pequena oração atribuída a Santo Agostinho: 

Ó Espírito Santo, respirai em mim para que seja santo o meu pensar.

Impeli-me ó Espírito Santo, para que seja santo o meu agir.

Atraí-me, ó Espírito Santo, para que eu ame o que é santo.

Fortalecei-me, ó Espírito Santo, para que eu proteja o que é santo.

Protegei-me, ó Espírito Santo, para que jamais eu perca o que é santo. Amém.

Oração espontânea.

Oração final:

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos da sua consolação.Por Cristo Senhor Nosso. Amém

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