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quinta-feira, 1 de abril de 2021

Espiritualidade eucarística

 

O ato de comer cria uma espiritualidade, ou seja, um jeito de ser, uma forma de viver.

Aprendemos a ser gratos por aqueles que compartilham a vida conosco, que “vivem debaixo do mesmo teto” que estão ligados por vínculos de parentesco, humano e espiritual.

Aprendemos a reconhecer que através dessa refeição somos acolhidos, amparados, sustentados e nutridos de tantas formas, todos os dias.

Aprendemos a valorizar os que trabalham para que o alimento chegue a nossa mesa. Só assim somos capazes de enfrentar os desafios cotidianos.

Aprendemos a ser generosos porque esse alimento é partido e repartido para favorecer o bem daqueles que sentam a mesa conosco.

Aprendemos que o egoísmo deve ser vencido, porque a verdadeira alegria vem daqueles que abrem as mãos na direção dos seus irmãos.

Aprendemos a reconhecer a força da oração do Pai-Nosso, “o Pão Nosso de cada dia nos dai hoje”. Nunca sentamos a mesa sozinho, nem fazemos uma refeição sem estarmos cercados.

Aprendemos a nos unir aos que tem e aos que não tem. A não querer muito e nem tão pouco.  

Aprendemos a perdoar. As vezes sento a mesa e ofendo, machuco, firo. Seja por palavras ou por obras torno esse momento sem sabor. É o perdão que devolve o gosto a refeição. 

Aprendemos a ser alegres porque comer junto gera contentamento, e não são poucas as vezes que o riso corre solto.

Aprendemos a ter fé, crer no possível e esperar pelo Deus do impossível.

Aprendemos a recordar, lembrar, reviver. Trazemos os que não estão perto, que permanecem vivos em nossa memória.

Aprendemos que a mesa é lugar para acordos, pactos, alianças entre os que querem fazer o bem, mas também entre os que querem fazer o mal. E essa é uma escolha que devemos fazer.

Aprendemos a amar a Deus e ao próximo, e a tornar esse momento em torno da mesa, eterno.

Por essas razões, Jesus escolheu a mesa para nos deixar o seu memorial. Foi sentado com seus discípulos que Ele nos deixou o seu testamento espiritual. Suas palavras e seus gestos trouxeram lições que se eternizaram no Banquete da Eucaristia, testemunho perene da presença de Deus no meio de nós.

A fé eucarística é a certeza da transformação do que é naquele que a de vim. O meio pelo qual Deus renova todos os dias a esperança de dias melhores. Por isso mesmo, rezamos em cada Eucaristia, “Maranatá, vem Senhor Jesus”. 

Vem Senhor Jesus, nos ajudar a

Partir,

Repartir,

Unir,

Dividir,

Perdoar,

Agradecer,

Acreditar,

Amar.


 

4 comentários:

Anônimo disse...

Senhor dai-me a graça de entender e viver tão grande mistério de amor,...,💖💖🙏🙏

Anônimo disse...

Amém 🙏🙏🙏 amém 🙏🙏🙏 amém 🙏🙏🙏 louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo

Anônimo disse...

Muito bom professor lhe admiro muito no nosso estudo Bíblico e essa palavra mostra que temos que ser gratos sempre e ajudar o próximo.

Anônimo disse...

Boa reflexão